Lídia de Filipos
A primeira pessoa europeia
a converter-se ao Cristianismo foi uma mulher: Lídia de Filipos.
São Paulo e os apóstolos,
em missão missionária, encontraram-na entre um grupo de mulheres, nas margens
do rio Gangas, às portas da cidade de Filipos. Depois da conversão e batismo de
Lídia, ela convidou os apóstolos a irem a sua casa: «Se acham que eu realmente
creio no Senhor, venham ficar a minha casa» (At 16:15). Eles ficaram lá
hospedados, até tornarem a partir, na sua missão de propagar os ensinamentos de
Cristo.
O facto de Lídia poder hospedar
um grupo de homens desconhecidos, sem o consentimento de um marido, ou de outro
homem da família, faz supor que fosse viúva. Mas não há certezas para esta
interpretação. Para Ute Eisen, teóloga e Professora na Universidade de Giessen
(Alemanha), esta será uma das provas de que reduzir as mulheres ao papel de
esposas e mães contradiz o Novo Testamento, em que elas nos surgem, muitas
vezes, ativas, tanto profissionalmente, como em trabalho missionário.
No site da Paróquia São Miguel e Almas, no Brasil
(Minas Gerais), diz-se
que Lídia era uma proprietária de
sucesso, rica, influente e popular, exercendo sua liderança entre os filipenses,
tornando-se a sua casa na primeira igreja
católica em solo europeu. E ainda: a
importância de Lídia foi tão grande na missão de levar o Evangelho para o
Ocidente que cativou o apóstolo Paulo, criando um forte e comovente laço de
amizade cristã entre eles.
Apesar de ser, por alguns,
considerada Equal
to the Apostles,
Lídia de Filipos foi confinada, pela Igreja Católica, a Padroeira dos
Tintureiros, título que advém do facto de ela ter sido mercadora de tecidos de
cor púrpura e talvez se tenha igualmente dedicado ao seu tingimento.
Pois... a malta é que tem o hábito de tentar reduzir tudo o que diz respeito à mulher, ao menor múltiplo comum.
ResponderEliminarMas na realidade, tudo gira em torno do sexo femenino.
Sem a mulher, não existiria o homem, sem ambos, não existiria a humanidade. Sem humanidade, será que existiria Deus?
A Igreja tem de aprender a encarar a outra metade da humanidade nos olhos.
ResponderEliminarBoa pergunta, Bartolomeu: foi Deus que criou a humanidade, ou foi ao contrário?
É bem provável que tenha sido ao contrário, Cristina. Sobretudo se tomarmos como bons, os estudos de Darwin e de Einstein.
ResponderEliminarMas tenho um "feeling" que se ocorresse um cataclísmo universal a que sobrevivesse uma meia-dúzia de seres humanos (1 homem e 5 mulheres), tudo voltaria a ser com sempre foi.
;))
Dou como certa a teoria da evolução de Darwin, penso que não poderia ter sido de outra maneira e estou convencida de que somos aparentados com os outros animais. É que não há mesmo volta a dar-lhe ;)
ResponderEliminar"Tudo voltaria a ser como sempre foi" - sem dúvida! (Só não sei se gostaria que ficasse só um homem, caso fosse eu uma das 5 mulheres ;)))
Pensa comigo Cristina: ficando um homem e cinco mulheres, tinhamos a garantia de Deus prevaleceria também. Se não repara: O homem assim que se encontrasse com as cinco mulheres exclamaria de imediato: Oh meu Deus! O mesmo sucederia com as 5 mulheres. Sobretudo se soubessem já, serem os únicos sobreviventes.
ResponderEliminarQuando o homem se deitasse com as 5 mulheres, passaria a noite a exclamar: Oh meu Deus!!! As mulheres, ao princípio também...
Nas noites seguintes, o homem começaria a pedir auxílio a Deus e as mulheres a reforçarem-lhe o pedido. Até que por fim, o homem passaria a pedir a Deus que o livrasse das mulheres e elas a pedirem a Deus que ressuscitasse outros homens.
Como vês, Deus manter-se-ia no pensamento e no coração do homem... e das mulheres...
;))
Talvez devesses escrever uma novela, ou um conto, com esse enredo ;)
ResponderEliminarSe soubesse escrever, talvez.
ResponderEliminarO problema é que sou analfabeto, já esqueceste?!
;)
Acho que é uma pena...
ResponderEliminarUma pena Cristina, é uma amiga cujo blog é o seguinte:
ResponderEliminarhttp://passeandopelavida.com/
É uma mulher/motard que já percorreu uma boa parte do mundo sobre duas rodas e sózinha. Tem uma infinidade de histórias e aventuras,vividas nos locais mais inóspitos e impensáveis. Tem, para além de incontáveis fotografias feitas durante as viagens, um número imenso de desenhos e aguarelas feitos por ela, retratando os locais por onde tem passado. E tem uma vontade imensa de publicar tudo isto. No entanto, tem tabem a dificuldade de entrar nesse mundo da publicação. Será que tu, terias forma de lhe dar um empurrãozinho?!
A moça chama-se Gracinda e é quase tua conterrânea.
;)
Bartolomeu, caro amigo, näo sou assim täo influente...
ResponderEliminarDesiludida com a Ésquilo, confesso que estou a ter dificuldades em encontrar uma nova editora.
Enfim, estas coisas levam tempo e tenho feito novos contactos, há, por isso, esperança ;)
Vou dar uma olhada no blogue dessa tua amiga e, se algum dia tiver possibilidades de fazer alguma coisa, näo me esquecerei. Mas aconselha-a a ter paciência, muita paciência, se ela tem vontade de entrar no mundo da ediçäo!
Agradeço-te Cristina.
ResponderEliminarMuito embora so conheça o blog e troque comentários com a autora, reconheço-lhe muita qualidade nos desenhos e aguarelas que publica, os quais, conjugados com as histórias e aventuras de viagem, penso que dariam uma leitura bastante interessante.
Desejo-te os mais auspiciosas resultados na tua busca por uma nova editora. A Ésquilo, de quem sou aliás cliente, não sabe a oportunidade que está a deitar pela janela. Sabemos que actualmente, muitos escrevem, mas a qualidade literária está a desvanecer-se.
A Ésquilo publica bons livros e tem das melhores capas do mercado livreiro português (dentro do género histórico e filosófico). Mas é pena que desleixe o tratamento dos seus autores e que näo leve a sério compromissos importantes. Algo que dificilmente se compreende, pois, com outra política, poderia ter muito mais êxito. Os responsáveis pela Ésquilo precisavam de lições de boa educação e relações públicas...
ResponderEliminarPela parte que me toca, agradeço os elogios :)))