Todos
nós já ouvimos falar destas experiências: as pessoas veem-se a entrar num
túnel, no fim do qual as espera uma luz forte. Experimentam a sua vida a passar
por elas a grande velocidade, enquanto as envolvem as vozes daqueles que amam.
Ficam imunes ao medo e à dor e conseguem ver o seu próprio corpo deitado, o
pessoal médico a tentar reanimá-las.
São
relatos que nos ajudam a acreditar numa vida depois da morte. Mas há céticos. E
cientistas da Universidade de Michigan descobriram algo que pode dar razão a estes últimos:
nos primeiros momentos, a seguir à morte, uma atividade cerebral repentina pode
ser responsável por tais visões, assim uma espécie de truque da Natureza, que,
perante a angústia, nos dá a ilusão de estarmos a entrar num sítio agradável.
Até agora, tal atividade cerebral era considerada impossível, já que, a partir
do momento em que o coração parasse de bater, nada mais poderia acontecer. A equipa à volta do cientista Jimo Borjigin diz que é precisamente ao contrário: dada a última
batida cardíaca, a atividade cerebral atinge, por breves momentos, um valor
oito vezes mais alto do que o normal.
Descobertas
que, a confirmarem-se, bem podem pôr em causa muita coisa em que acreditamos.
Mesmo mais coisas do que muitos de nós imaginam: as experiências que levaram a
estas conclusões foram feitas com ratazanas! O que prova que também o cérebro
dos animais irracionais (ou, pelo menos, de alguns deles) usa truques
semelhantes ao do nosso. E torna a estar em causa o facto de os animais terem
sentimentos, imaginação, medo da morte e outras aptidões que muitos de nós
acham exclusivas do homo sapiens.
Nota: o link conduz a um artigo em alemão
Viva Cristina.
ResponderEliminarHá alguns anos, na altura em que li muito sobre ovnis, fantasmas, mistérios da humanidade, etc, li também sobre casos de quase morte, relatos atrás de relatos de pessoas que tinham estado por momentos mortas e que, ao acordarem, relatavam factos incriveis.
O que mais me impressionava não era a "história" do túnel, o que mais me impressionava eram pessoas que narravam acontecimentos quando o corpo se encontrava morto e em que se sentiam a planar e depois vinham contar o que se estava a suceder durante esse tempo.
Enfim, continuo a pensar que o Homem está muito longe de saber o que se passa após a morte, e se é que algum dia o vai saber.
Sim, Iceman, tudo isso continuará misterioso. Estas experiências vêm apenas acrescentar algo a este mistério, estão longe de provar alguma coisa. Acho, de qualquer maneira, interessante, acima de tudo, os cientistas considerarem tema de reflexão aquilo que observaram em cérebros de animais, ainda que se trate de ratazanas.
ResponderEliminarEstamos longe de saber como funciona o cérebro dos animais e mesmo os estudos que concernem o humano estão no início. Ainda há muito para descobrir, nada é definitivo. E, como dizes, certas coisas talvez nunca se descobrirão.
Certos assuntos resumem-se mesmo a uma questão de fé ;)