De qualquer maneira, a ideia de transportar Sherlock Holmes para o século XXI é cheia de charme e está muito bem conseguida. As novas tecnologias desempenham um papel importante. Os sucessos do detetive, por exemplo, vão sendo conhecidos através do blogue do Dr. Watson. A comunicação na internet e por SMS é a base deste Scandal in Belgravia, que anda à volta de um smartphone, que conterá informações explosivas sobre terrorismo e Serviços Secretos. O smartphone está na posse de uma mulher que pretende provar que é mais inteligente do que o próprio Sherlock Holmes e, entre os dois, estabelece-se uma relação competitiva, carregada de erotismo. O Dr. Watson até se pergunta se Sherlock estará apaixonado. Ou a atração que sente pela mulher advém do desafio que ela lhe propõe? A verdadeira essência do detetive permanece um mistério, ninguém sabe (nem o seu amigo médico) se ele é hetero- ou homossexual, nem mesmo se o sexo representa algum papel na sua vida.
Mais do que o caso à volta do smartphone, A Scandal in Belgravia vale pelo enigma que representa a personalidade de Sherlock Holmes e pelos diálogos cheios de ironia e segundas intenções, como neste exemplo, em que o Dr. Watson se vê perante Irene Adler, a mulher em questão:
Irene Adler: O senhor veio sozinho. Consegui separar o par.
Dr. Watson: Nós não somos um par.
Irene Adler: Não?!
(O Dr. Watson precisa de refletir um pouco - surpreso? Ou com medo do que vai dizer a seguir?)
Dr. Watson: Eu não sou homossexual.
Deixo-vos com o respetivo trailer:
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