Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

13 de dezembro de 2015

Cidades Medievais Portuguesas (6)

Lamego era de grande importância, na Idade Média. Na época de Dom Dinis, apenas as localidades com assento episcopal eram cidades, todas as outras tinham estatuto de vila. Lamego contava assim entre as nove cidades, ao lado de Braga, Lisboa, Coimbra, Porto, Viseu, Guarda, Évora e Silves.













Quando lá estivemos, em 2008, o castelo estava na "posse" dos escuteiros, o que dava ao interior da torre um aspeto interessante.

4 comentários:

Olinda Melo disse...


Lamego evoca-me logo as "Cortes de Lamego".
Apesar da sua importância na I.M., na actualidade, parece, que é a única cidade com sede episcopal que não corresponde a capital de distrito, não é?
Belas imagens as que nos oferece aqui, Cristina.
Obrigada.
Bj
Olinda

Cristina Torrão disse...

É capaz de ter razão, Olinda. Confesso que não estou bem a par das atuais sedes episcopais, mas essa é uma constatação interessante.

Beijinho :)

Juvenal Nunes disse...

É curiosa a associação feita entre o nome de Lamego e as cortes que apareceram referidas.
Parece-me que não há suporte documental histórico que confirme a sua real ocorrência.

Juvenal Nunes

Cristina Torrão disse...

É verdade, Juvenal, duvida-se da existência dessas cortes. Não há mais nenhum exemplo, durante todo o reinado de D. Afonso Henriques. Pensa-se que a reunião de cortes tivesse sido costume mais tardio, embora eu não saiba dizer agora quando começaram. Sei que D. Afonso III, pai de D. Dinis, reunia cortes (e o filho também e os reis que se seguiram).
Na primeira fotografia deste post, a placa fala da reunião da curia, na igreja de Almacave, ou seja, há um certo cuidado em não referir cortes. Grosso-modo, podemos comparar a curia ao Conselho de Estado dos nossos dias. As cortes eram diferentes, pois reuniam representantes da nobreza, do clero e, mais tarde, dos concelhos, a fim de defenderem os seus interesses e não propriamente com a mera função de aconselhar o rei.