Em todos os momentos da História, seja na Antiguidade, na Idade Média, ou no nosso tempo, são as mesmas paixões e os mesmos desígnios que inspiram os humanos. Entender a História é entender melhor a natureza humana.

11 de dezembro de 2015

Misericórdia



«Diz-se que esta quadra abre o coração, que nos tornamos mais mansos, conciliatórios, generosos. A misericórdia, porém, não significa esmolas, mas sim empatia, acompanhamento, estar com o coração no outro. Nesta quadra, podemos aprendê-lo e treiná-lo, mas isso só funciona se não andarmos apenas ocupados na caça ao presente, pelos centros comerciais».

Tradução de um apontamento da teóloga alemã Andrea Schwarz num jornal católico


2 comentários:

Olinda Melo disse...


Em princípio as intenções são boas, nesta quadra doe Natal.
Mas, quantas e quantas vezes se verifica que, nas famílias, pessoas que não se contactam durante o ano, nesta altura fazem-no, vão à ceia do Natal, ao almoço do dia de Natal, e nota-se, talvez pela falta de hábito de um relacionamento mais estreito, que os desentendimentos, as discussões se acaloram. E partem mais afastados ainda uns dos outros. E todos os anos repete-se a mesma coisa.

É realmente importante esse treino de que fala a citação que aqui nos traz, afastando-nos realmente da "caça aos presentes" e termos apenas a necessidade do riso e da boa convivência.

Bj

Olinda

Cristina Torrão disse...

Um comentário muito pertinente, Olinda! Muitas vezes me pergunto porque andam certas famílias tão afastadas e porque é o entendimento tão difícil. Será apenas a distância a que vivem, a falta de contacto, na pressa do dia-a-dia? Ou serão diferendos antigos que se avolumam? E será sempre a culpa dos mais novos?

Antigamente, as famílias viviam mais perto, contactavam durante uma vida, nomeadamente nas aldeias. Mas o seu relacionamento nem sempre era tão idílico como tendemos a pensar. Quantas discussões se geravam, quantas zangas, quantos ciúmes... Por vezes, havia mesmo lutas graves, em casos de partilhas, ou outros.

Sim, além de pensarmos nos outros, devíamos pensar como melhorar o relacionamento dentro da própria família, o que aliás se pode tornar numa tarefa ingrata, se não houver cooperação de todas as partes...

Obrigada pelos seus comentários tão convidativos à reflexão!

Beijinho :)